X Assembleia da Organização Regional do Algarve

A Intervenção do Partido no Concelho de Olhão, Graciete Bernardo

Faro, 10 de Dezembro de 2022

face Graciete Bernardo

Bom Dia Camaradas

Em nome da comissão concelhia de Olhão saúdo todos os presentes na 10ª Assembleia Regional do Algarve do PCP

Camaradas,

Nos últimos anos o Partido em Olhão tem dado resposta a vários conjuntos de tarefas, intervindo junto das populações, trabalhando para reforçar a organização e elevar a luta dos trabalhadores e população em geral.

Com a realização da nossa 12ª Assembleia da Organização Concelhia, no passado dia 05 de Novembro, sob o lema "Mais Organização, Mais intervenção", elegemos uma nova comissão concelhia com quem contamos para dirigir o trabalho exigente que temos pela frente e, juntamente com todos os camaradas presentes, procedeu-se à análise da situação económica e social do concelho, constatámos as insuficiências da nossa intervenção e foram apontadas soluções para as colmatar, ao mesmo tempo que se procuraram formas para o alargamento da influência do partido no concelho, entre elas dar especial atenção ao recrutamento de novos militantes.

A organização concelhia de olhão tem procurado distribuir tarefas, desde a propaganda à imprensa partidária e ao alargamento da venda do Avante! e do Militante.

Temos procurado manter o contacto com os trabalhadores, com ações de propaganda junto dos locais de trabalho, das conserveiras e demais indústrias, da Câmara Municipal e Empresas Municipais, dos trabalhadores agrícolas, pescadores e mariscadores e populações em geral.

Mas sabemos que é preciso ir mais longe na intervenção e no alargamento da influência do partido no concelho, ir mais longe na ligação às freguesias, com especial atenção as periféricas - Pechão, Moncarapacho e Fuzeta e prosseguir a luta contra a união de freguesias que em nada correspondeu à vontade e necessidade das populações.

Prosseguir a luta contra a especulação imobiliária no concelho, que afastou as populações das zonas históricas da cidade; a entrega de um concelho que, outrora com muita indústria e comércio, e que agora é encaminhado pela política de direita, e em particular pelos sucessivos executivos PS, para ser um concelho completamente entregue à monocultura do turismo, com os problemas que isso acarreta e que os algarvios tão bem conhecem.

Outro dos grandes ecossistemas afetados pela política de empobrecimento das populações, de obtenção do lucro para o grande capital e de ausência total de resposta aos problemas das pessoas e do ambiente, é a nossa Ria Formosa. Riqueza maior do concelho de Olhão, e que continua a ser fundamental para a atividade de milhares de pessoas, vê-se hoje confrontada com inúmeros problemas, como o da poluição e da qualidade das águas, num concelho em que muitos esgotos ainda correm diretamente para a ria; como a falta de dragagens, que impossibilitam a renovação das águas e colocam em causa a atividade da pesca quando muitas vezes os barcos não conseguem sair pelas barras para exercer a sua atividade; uma Ria que cada vez mais concentra a riqueza em meia dúzia de grandes empresas, muitas de capital estrangeiro, enquanto se vê a braços com uma das maiores mortalidades de marisco bivalves, nomeadamente da chamada Ameijôa-Boa.

São muitos os problemas, já enumerados, com que se depara a nossa Ria Formosa, mas tem sido o PCP a única força que constantemente tem estado ao lado de viveiristas e mariscadores, com intervenção a nível regional e com a presença dos deputados à Assembleia da República ou Parlamento Europeu, para afirmar que é preciso defender quem trabalha, defender que possam ser apoiados estes profissionais mas que, acima de tudo, sejam criadas as condições para produzirem, para que o mar continue a ser parte integrante da economia de Olhão, numa harmonia entre as pescas, o marisqueiro, o turismo balnear e marítimo-turistico e também com as atividades desportivas e de lazer.

Para os comunistas em olhão é claro que o caminho que temos a percorrer é de uma outra política, desenvolvendo a nossa atividade em torno da participação institucional, com a presença na Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesias, reforçando a força da CDU, mas que também tem de passar pela organização e intervenção.

Quanto mais organizados estivermos mais condições teremos para intervir junto dos problemas concretos, da saúde, ao trabalho, à mobilidade ou da agricultura ao mar, e por outro lado, quanto mais intervenção tivermos mais organizados ficaremos para levar avante uma política de desenvolvimento do concelho, em que sejam possíveis melhores condições para viver e trabalhar.

Viva Olhão

Viva a 10ª Assembleia Regional do Algarve do PCP

Viva o PCP