X Assembleia da Organização Regional do Algarve
Intervenção da Comissão Concelhia de Albufeira, Ana Paula Sacramento
Faro, 10 de Dezembro de 2022
Camaradas e amigos
Em nome da Comissão Concelhia de Albufeira, uma saudação à 10.ª Assembleia de Organização Regional do Algarve, aos seus Delegados e Convidados.
Nos últimos quatro anos, entre a 9.ª e a 10.ª Assembleia, a comissão concelhia deu resposta a um abrangente conjunto de problemas do concelho.
Neste período, o Partido enfrentou também os impactos da epidemia da Covid-19, num quadro em que procurou intensificar a sua intervenção nas empresas e locais de trabalho e na preparação dos diferentes actos eleitorais, no reforço da organização do Partido.
Um período onde o Partido enfrentou e teve que resistir à intensificação da ofensiva anti-democrática e reaccionária, e anti-comunista. Toda esta realidade revelou potencialidades do Partido para crescer e avançar, tornando mais evidente a necessidade de intensificar as medidas de reforço da organização, designadamente, o conjunto de orientações e medidas aprovadas no XXI Congresso.
No concelho Albufeira, o sector de actividade que concentra mais trabalhadores é o alojamento, restauração e similares, que além dos baixos salários, precaridade, e trabalho sazonal, que no período de Outubro a Abril tem milhares de trabalhadores no desemprego, muitos sem ser atribuído qualquer subsídio de sobrevivência, ficando expostos à miséria e à fome.
A criação da célula dos trabalhadores da hotelaria no concelho de Albufeira, na qual estão organizados 6 camaradas, tem sido fundamental para um melhor conhecimento e intervenção desta realidade.
O elevado custo de habitações em Albufeira, faz com que muitos trabalhadores, tenham de viver afastados dos seus locais de trabalho, como é que um trabalhador que recebe o salário mínimo (é o que a maioria ganha) pode pagar uma renda de 600 ou 700 euros por um T1.
Camaradas,
No Algarve e no país assiste-se a um continuado aumento de preços de bens e serviços essenciais. Um aumento que os trabalhadores, os reformados e as suas famílias sentem no seu dia a dia quando vão ao supermercado, quando abastecem o carro, quando chega a conta da luz ou do gás. O custo de vida está a aumentar, o partido não só não tem calado, essa denúncia como tem apresentado soluções.
Agarramos a tarefa do Movimento sempre os mesmos a pagar, com bancas de recolha de Assinaturas e distribuição do Manifesto, na porta de grandes superfícies comerciais fomos muito bem recebidos pela população com centenas de assinaturas recolhidas.
Da parte da população ouviram-se queixas relacionadas com os baixos salários, que não permitem fazer face ao aumento do custo de vida e ao recurso do trabalho precário e sazonal da região. Incluindo a realidade sentida também pelas Micro, Pequenas e Médias Empresas.
Muitas das pessoas com quem se contactou reconhecem no PCP a força decisiva para continuar a lutar por melhores condições de vida e de trabalho e para prosseguir num caminho de avanço e progresso social e económico.
Realizámos a 7.ª Assembleia de Organização Concelhia, a 4 de junho deste ano, onde foi aprovada a Resolução Política e elegemos a comissão concelhia. No reforço do Partido e da sua Organização, recrutamos nestes 4 anos 24 novos membros para o partido, muitos deles têm hoje diversas responsabilidades atribuídas.
Camaradas,
É indispensável parar o caminho acelerado do empobrecimento da população. Pois esta não consegue suportar mais os impactos directos do aumento do custo de vida, o que leva a uma perda de poder de compra. A pobreza combate-se com o aumento de salários, das reformas, das pensões e com a subida do rendimento disponível para todos.
Defrontar o aumento do custo de vida exige uma outra política e outras opções. O PCP confirma a necessidade de medidas que promovam a regulação de preços de bens e serviços essenciais. É o caso da electricidade, dos combustíveis, das rendas de casa, das telecomunicações ou dos serviços bancários, cujos preços não podem continuar a ser fixados em função dos milhões de euros de lucros que os grupos económicos assumiram.
Mas a questão de fundo que se coloca no imediato é o aumento geral dos salários. Aqui na região do Algarve, marcada pela precariedade e pelos baixos níveis remuneratórios que empurram milhares de trabalhadores para a pobreza.
Viva a 10.ª Assembleia de Organização Regional do Algarve!
Viva o Partido Comunista Português!