A DORAL do PCP saúda os trabalhadores da Administração Pública da região pela expressiva adesão à greve nacional que hoje teve lugar e que se fez sentir em todos os concelhos da região nas mais diversas áreas – escolas, saúde, repartições, serviços da administração local, regional e central, etc.

No quadro de uma forte ofensiva contra os trabalhadores em geral e os da administração pública em particular, a forte adesão verificada mostra a disponibilidade dos trabalhadores em travar o projecto em curso de reconfiguração do Estado.

A ofensiva em curso, em todas as áreas da administração pública, embora surjam justificadas sob a capa do combate ao déficit, o que de facto visam é a reconfiguração do Estado visando, por um lado, passar para os privados sectores rentáveis e, por outro lado, consolidar os mecanismos que melhor garantam a execução de uma política ao serviço dos interesses do capital financeiro. Na concretização deste objectivo, assumem especial importância o PRACE, o SIADAP e recente diploma sobre vínculos e carreiras.

A DORAL do PCP expressando a sua solidariedade aos trabalhadores, apela simultaneamente ao prosseguimento e alargamento da luta contra esta política – a luta das populações em torno de problemas concretos, dos trabalhadores em defesa da contratação, do trabalho com direitos, contra a precariedade, pela melhoria das condições de vida.

A Luta Continua!

30 de Novembro de 2007                      
O Secretariado da DORAL do PCP 

A conferência de imprensa promovida pelos deputados do PS sobre o Orçamento de Estado para 2008 e a região, exemplifica bem das razões pelas quais o Algarve se encontra na situação em que está.

Dessa conferência de imprensa do PS, o PCP destaca três aspectos:

O primeiro, a afirmação de que o Algarve tem de estar satisfeito com o PIDDAC que tem. Como é possível produzir tal afirmação, quando existem municípios que recebem zero e vários outros recebem verbas irrisórias? Como é possível produzir tal afirmação, quando estão por realizar obras básicas mas tão sentidas pelas populações em vários pontos da região?

O segundo, a afirmação de que o PIDDAC pode deixar de existir no futuro, confirmando um alerta produzido pela DORAL do PCP vai para um ano. A justificação dada pelo PS é a de que, não é por constarem no PIDDAC obras que elas se fazem. Só por brincadeira isto pode servir de justificação. Onde nos levaria a ampliação de tal lógica?
A real razão é que o PIDDAC põe a nú o antagonismo entre as palavras e as reais opções e isso incomoda. E incomoda mais quem tem do poder a visão sobranceira de não ter de prestar contas, não ter de ser confrontado.

O terceiro, a afirmação da deputada Aldemira Pinho de que existe um pacto entre o PS e o PSD para não apresentação de propostas em sede de PIDDAC por serem meras questões políticas. É fantástico! A construção da rotunda de Pêra, o arranjo ou construção de uma escola, a reparação de uma rua, a construção de uma represa que permita o reaproveitamento de àgua em vez do seu desperdício, isto e muito mais, são meras questões políticas? 
Para o PCP, o que isto realmente significa é desprezo pelas populações e as suas reais aspirações. 
Ficamos à espera da próxima cena regional entre o PS e o PSD para passarem a imagem de que ambos não defendem a mesma política.

30 de Novembro de 2007                                          

O Secretariado da DORAL do PCP