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Perguntas ao Governo

Pergunta 446/XV/1
Esclarecimentos sobre a ausência de respostas à requalificação do núcleo da Culatra

Data: 2022-07-28

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pergunta requerimento assembleia republica 17

As populações do núcleo da Culatra da ilha da Culatra, tal como as dos restantes núcleos – Hangares e Farol – daquela ilha, têm enfrentado ao longo dos anos as consequências de uma política de abandono. Desde o processo de demolições nas ilhas barreira da Ria Formosa que continua em curso à falta de apoios à pesca e ao marisqueio – principal sustento daquela comunidade – passando pela ausência de resposta no plano dos serviços públicos e que resultam das opções de sucessivos governos do PS, do PSD e CDS. Uma realidade para a qual o PCP tem chamado a atenção e que tem sido objecto da iniciativa e proposta deste Grupo Parlamentar ao longo dos anos.

Numa recente visita de uma delegação do PCP ao núcleo da Culatra daquela ilha foi possível registar as seguintes preocupações que carecem de respostas por parte do Governo.

Sendo uma comunidade maioritariamente piscatória, com cerca de 70 embarcações, esta enfrenta as dificuldades criadas pelo aumento especulativo dos combustíveis. Com motores maioritariamente a gasolina, os pescadores desta ilha destacam que os apoios do governo são poucos, têm decrescido e são insuficiente para fazer face ao aumento dos custos de produção. Simultaneamente, continua a arrastar-se o problema da licença dos viveiristas, que a extensão provisória não resolve, temendo-se que a emissão futura esteja condicionada por critérios mercantilistas que beneficiem a entrada de sectores - essencialmente estrangeiros - com maior capital, em prejuízo das populações residentes.

A situação da Área Piloto de Produção Aquicultura da Armona merece também uma maior avaliação. A criação da APPA da Armona impôs uma série de limitações à atividade de pesca artesanal da comunidade piscatória da Culatra. Efetivamente, a grande maioria das 90 embarcações depesca artesanal desta comunidade está limitada a exercer a sua atividade numa área situadaentre 1/4 de milha e 3 milhas a partir da costa e de 6 milhas para cada lado da barra. É precisamente dentro desta área, e ocupando cerca de metade da mesma, que foi delimitada a APPA da Armona, o que provoca limitações à navegação das embarcações de pesca artesanal, além de diminuir significativamente a área de pesca. A Associação de Moradores da Ilha da Culatra, dá também nota de lotes abandonados, materiais abandonados, necessidade de limpeza de fundo do mar, de contaminação do meio envolvente com semente de mexilhão criando uma praga. De fundos públicos usados sem retorno.

Toda uma realidade que contrasta com a quantidade de licenças para as actividades marítimoturísticas, que, em conjunto com a navegação de recreio, está a criar uma nova forma de poluição marítima e uma cada vez maior conflitualidade com as actividades produtivas, designadamente a pesca e o marisqueio.

Os moradores do núcleo da ilha da Culatra continuam a manifestar as suas preocupações com o processo de demolição de casas nas Ilhas barreira da Ria Formosa. Demolições que se iniciaram com o Governo PSD/CDS e que não foram revertidas pelos Governos PS que se lhe seguiram. Pese embora as promessas desenvolvidas na altura aquando da implementação do PIR – Projecto de Identificação e Recuperação da Culatra, continuam as dificuldades na regularização da situação dos moradores, com entraves burocráticos injustificados que acabam por favorecer a especulação e a transmissão ilegal de imóveis, e dificultam o normal desenvolvimento de uma comunidade, que naturalmente se reproduz, cresce, agrega, vive. Em 2019 o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse publicamente que dos 350 pedidos para a legalização de habitações na ilha da Culatra, "o Governo já despachou 190 com parecer favorável, encontrando-se os restantes em fase de avaliação". Passados três anos dessa data, nem dos 190 processos existe constância no terreno.

Na verdade, todo este processo em torno das demolições e da ausência de respostas às actividades produtivas por parte desta comunidade convergem no objectivo de descaracterização das ilhas barreira da Ria Formosa, de expulsão das suas populações e da entrega daquele valioso património aos interesses dos grupos económicos e financeiros. O PCP reafirma que o direito a viver e a produzir na Ria Formosa não só é uma necessidade para as populações, como é também a garantia de defesa e preservação desse importante património natural que constitui a Ria Formosa.

Pelo exposto, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério do Ambiene e da Ação

Climática, preste os seguintes esclarecimentos:

  1. Por que razão continua por concluir o processo de regularização de moradores da Ilha da Culatra?

  2. Quantos pedidos obtiveram parecer positivo?

  3. Quantos pedidos continuam pendentes? No caso por que razão se encontram nessa situação?

  4. Quantos títulos foram efectivamente entregues?

  5. Quais os investimentos realizados no âmbito do PIR da ilha da Culatra?

  6. Considera o Governo a necessidade de encerrar o processo de demolições e de investir na requalificação das Ilhas Barreira?

 

Palácio de São Bento, 28 de julho de 2022

Deputado(a)s

JOÃO DIAS(PCP)

BRUNO DIAS(PCP)

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Actividade Política

Jerónimo de Sousa em comício de verão a 14 de Agosto em Vila Real de Santo António

Face Comício Jerónimo Sousa VRSA 140822

 

Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, participará no próximo dia 14 de Agosto num jantar-comício que se realizará pelas 19:30 na Praça Marquês de Pombal em Vila Real de Santo António.

Esta iniciativa insere-se num conjunto de comícios de verão promovidos pelo PCP nos meses de Julho e Agosto - Alte (9 Julho), Faro (23 Julho), Lagoa (24 Julho), Albufeira (5 Agosto), Olhão (6 Agosto), Lagos (12 Agosto), Quarteira (17 Agosto), Portimão (18 Agosto), Armação de Pêra (20 Agosto), Odeceixe (24 Agosto) – e que antecedem a realização da Festa do Avante nos dias 2, 3 e 4 de Setembro.

Perante a degradação da situação económica e social do País, com particular destaque para o aumento do custo de vida e a fragilização dos serviços públicos, designadamente na saúde e na educação, a participação do Secretário-geral do PCP na iniciativa de 14 de Agosto, dará voz à luta pelo aumento dos salários e das pensões, à exigência de regulação dos preços dos bens e serviços essenciais, à defesa dos serviços públicos, à luta pela paz e por uma solução política dos conflitos em vez da política de confrontação, guerra e sanções que está a beneficiar os grupos económicos (veja-se os lucros da GALP, da EDP, da SONAE, da Jerónimo Martins ou da banca nos primeiros seis meses do ano) e o aproveitamento que fazem da actual situação.

Simultaneamente, os problemas específicos do Algarve, da exploração e da precariedade dos trabalhadores do Turismo (e outros sectores) à falta de respostas na habitação, da situação de seca que atinge a região aos impactos dos fogos florestais, da falta de médicos de família à manutenção das portagens na Via do Infante, serão também abordados, evidenciando as soluções que o PCP tem vindo a apresentar e que se confrontam, quer com a política do Governo PS, quer com os projectos de retrocesso social que PSD, Chega, IL e CDS apresentam ao País.

Faro, 27 Julho de 2022

O Gabinete de Imprensa da DORAL do PCP

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Gabinete de Imprensa - DORAL

Seca no Algarve não se combate nem com o encerramento de serviços públicos nem com o aumento do preço da água

Foto PCP Água face

O PCP tem vindo a acompanhar e a intervir sobre a situação de seca que se verifica em todo o País, designadamente na região do Algarve – ver notas do PCP Algarve de 15 de Fevereiro e 23 de Junho – tendo proposto, quer medidas de intervenção imediata, quer opções estruturais que sucessivos governos do PS e do PSD/CDS têm vindo a recusar.

O agravamento da situação de seca nos últimos meses e a ausência de perspectivas de precipitação nos tempos mais próximos exigem naturalmente medidas imediatas que conduzam à poupança de água e que devem ser tomadas, não apenas pelas entidades públicas (Estado Central, Autarquias, etc), mas também pelos agentes económicos e pelas populações, cuja sensibilização é essencial. Medidas que devem ter por base critérios de hierarquização do uso da água em condições de seca, que privilegiem a utilização da água para uso humano, a saúde e os serviços públicos, a pequena e média agricultura adaptada às condições do Algarve e ainda o serviço dos ecossistemas. Critérios que não podem ser definidos de forma avulsa e extemporânea como aconteceu recentemente com o anúncio do Presidente da Câmara Municipal de Olhão de encerramento das piscinas públicas municipais – de acesso livre a toda a população – ao mesmo tempo que, por exemplo, os grandes grupos hoteleiros continuam a actuar na região como se a seca não existisse.

Por outro lado, o PCP denuncia as pressões para, em nome do combate à seca, promover o aumento do preço da água. Tais pressões são, isso sim, inseparáveis das tentativas de mercantilização e privatização deste bem que é essencial à vida. O aumento do preço da água só beneficia aqueles que vêem na situação de seca, uma oportunidade para por via do aumento das tarifas assegurar um negócio rentável para os grupos económicos e financeiros que há muito ambicionam apropriarem-se deste bem.

O PCP reafirma a necessidade de um forte investimento público em medidas com vista a uma maior capacidade de captação, armazenagem, transporte e poupança de água. Impõe-se medidas capazes de preparar o Algarve para enfrentar situações como a actual nas próximas décadas e que passam pela construção de barragens e de albufeiras, de que é exemplo a construção da barragem da Foupana, articulando-a e interligando-a com o actual sistema Odeleite-Beliche; a modernização e construção de estações de tratamento de águas residuais (para lá das existentes) e com um maior aproveitamento para fins múltiplos destas águas; a manutenção, modernização e expansão das redes; e a manutenção, reorganização, modernização e extensão das redes e condutas, a implementação

do controlo e redução de perdas, gerindo caudais e pressões, instalando dispositivos tecnológicos avançados, aumentando a eficiência do sistema da rede pública de água, como tem vindo a fazer a Câmara Municipal de Silves, gerida pela CDU.

O PCP chama uma vez mais a atenção para o facto dos investimentos que têm vindo a ser anunciados para o Algarve, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência - PRR, bem como, o chamado Plano Regional de Eficiência Hídrica (PREH) do Algarve, não garantem a resolução a prazo dos problemas que estão já hoje identificados.

Por último, as opções quanto à utilização da água no Algarve não são indiferentes ao modelo de desenvolvimento que tem vindo a ser imposto à região e que, em diversos domínios, está longe de garantir a sustentabilidade dos recursos. É neste contexto que se impõe, simultaneamente, a contenção de práticas de exploração agrícola intensiva e superintensiva, bem como, limitar modelos de ocupação do território – onde se inclui a proliferação de campos de golf – que possam por em causa o desenvolvimento sustentável da região.

Faro, 22 de Julho de 2022

O Gabinete de Imprensa da DORAL do PCP

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