Assembleia da República aprova propostas do PCP para melhoria dos cuidados de saúde hospitalares no Algarve
No Algarve, o PS tem enchido a boca com grandes proclamações sobre a necessidade de uma melhoria do Serviço Nacional de Saúde na região, mas, em Lisboa, na Assembleia da República, quando confrontado com propostas concretas do PCP que visam garantir essa melhoria, opta por uma abstenção.
Para tentar justificar este seu sentido de voto e esconder as suas verdadeiras intenções, o PS repetiu a velha manobra de apresentar o seu próprio Projeto de Resolução, vazio de conteúdo e sem qualquer consequência prática. Efetivamente, o Projeto de Resolução do PS recomenda ao Governo que apresente «um calendário para a construção do novo Hospital Central do Algarve»; se o Governo calendarizasse o início da construção do Hospital Central do Algarve para 2030 ou 2040 estaria a cumprir a resolução do PS.
Facilmente se compreende que o PS, ao abster-se no Projeto de Resolução do PCP que «defende a célere construção do Hospital Central do Algarve e recomenda ao Governo que desencadeie os procedimentos necessários para que esse processo se inicie ainda em 2018», não quer iniciar a construção do Hospital Central do Algarve em 2018 ou nos anos seguintes. Tal opção é ditada pelo objetivo de reduzir de forma acelerada o défice orçamental, inclusivamente para além daquilo que são as imposições decorrentes de diversos instrumentos de subordinação à União Europeia.
Para o PCP, a prioridade não é a redução acelerada do défice; a prioridade é a resolução dos problemas das pessoas e do país, garantindo, em particular, o acesso a cuidados de saúde de qualidade nos hospitais e centros saúde públicos da região algarvia.