Sob o lema "Mais Organização, Mais Intervenção, Maior Influência, um Partido Mais Forte para um Algarve com Futuro", realizou-se no dia 29 de Novembro, em Faro, na Escola Superior de Saúde a 8ª Assembleia da Organização Regional do Algarve do PCP, com a presença do Secretário Geral Jerónimo de Sousa.
Para além de debater a situação económica e Social da Região nos últimos 4 anos a Assembleia elegeu a nova Direcção Regional e definiu as linhas orientadoras para o desenvolvimento do trabalho na Região para os próximos 4 anos.
Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Faro, 8ª Assembleia da Organização Regional do Algarve
Não há uma política de esquerda sem romper com a política de direita
29 Novembro 2014
Uma primeira palavra de saudação aos camaradas delegados e aos convidados. Saudação que estendo aos trabalhadores e ao povo do Algarve, a todos quantos aqui vivem, trabalham e lutam para concretizarem o seu direito a uma vida e a um futuro dignos.
O balanço que esta Assembleia aqui fez da evolução da situação económica e social do Algarve deu-nos a real dimensão do impacto na vida dos trabalhadores e das populações de uma política de desastre nacional prosseguida nestes últimos anos de governos do PS e do PSD/CDS.
Recessão económica profunda e continuada, altas taxas de desemprego e de precariedade no trabalho, empobrecimento acentuado das classes e camadas populares, retrocesso no acesso aos direitos à saúde, à educação, à segurança social e a outros serviços públicos, mais cavadas assimetrias territoriais.
Tal como nos deu conta da valorosa luta de resistência dos trabalhadores e do povo desta região e da sua contribuição para o isolamento de um governo e de uma política que o país condenará, estamos certos, em definitivo à derrota.
O Algarve foi particularmente vítima destes anos negros de política de austeridade e concentração de riqueza, imposta ao País a pretexto do combate a uma crise que tem as suas causas mais fundas no funcionamento e contradições do próprio sistema capitalista, cada vez mais parasitário e decadente, e na política de direita que alimenta e aprofunda sua natureza exploradora, opressora e predadora.
Uma política que em Portugal assumiu um carácter cada vez mais agressivo à medida que foi avançando o projecto de recuperação e restauração monopolista que os três partidos da troika nacional tomaram como objectivo nuclear das suas opções políticas anos a fio.