ARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Grupo Parlamentar
PS, PSD e CDS votam contra a proposta do PCP de abolição de portagens na Via do Infante
Comunicado:
Ontem, em sessão plenária da Assembleia da República, foram votados os Projetos de Resolução do PCP (em anexo) sobre a abolição das portagens na Via do Infante e sobre a conclusão urgente das obras de requalificação da EN 125. Votaram contra a abolição das portagens o PSD e o CDS (incluindo os deputados destes partidos eleitos pelo Algarve) e ainda o PS. Contra o segundo projeto de resolução votaram o PSD e o CDS (incluindo os deputados destes partidos eleitos pelo Algarve).
O Projeto de Resolução n.º 777/XII/2.ª recomenda ao Governo a imediata abolição da cobrança de taxas de portagem em toda a extensão da Via Infante de Sagres - A22, desde a Ponte Internacional do Guadiana até Lagos/Bensafrim.
O Projeto de Resolução n.º 778/XII/2.ª recomenda ao Governo que:
- · Adote as medidas necessárias para que, no âmbito da subconcessão do Algarve Litoral, sejam retomadas rapidamente as obras de requalificação da EN 125;
- · Incumba a empresa Estradas de Portugal de proceder à construção dos lanços retirados da subconcessão Algarve Litoral em outubro de 2012, nomeadamente, variante de Odiáxere, variante de Olhão, variante de Luz de Tavira e variante à EN 2 entre Faro e S. Brás de Alportel;
- · Proceda à renegociação do contrato da subconcessão do Algarve Litoral, de modo a reduzir a taxa interna de rendibilidade da subconcessionária, garantindo, por essa via, uma diminuição dos encargos do Estado ao longo da vida da subconcessão.
O PS, o PSD e o CDS, preocupados apenas em defender os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros que exploram as concessões rodoviárias, não hesitaram, uma vez mais – recorde-se que foi a 5ª vez que o PCP apresentou esta proposta –, em castigar o Algarve e os algarvios.
No Algarve, estes três partidos da troica interna manifestam a sua preocupação pelos efeitos profundamente negativos que a introdução de portagens na Via do Infante, assim como o atraso nas obras de requalificação da EN 125, têm na economia regional e na qualidade de vida dos cidadãos, mas em Lisboa, na Assembleia da República, votam sistematicamente contra todas as propostas que visam resolver estes problemas.
O PCP não pode deixar de denunciar veementemente a hipocrisia política de quem no Algarve diz uma coisa, mas na Assembleia da República faz o seu oposto.
O PCP reafirma a sua determinação na luta pela abolição das portagens na Via do Infante e pela conclusão das obras de requalificação da EN 125, confiante que a luta dos trabalhadores e das populações derrotará – mais cedo do que tarde – uma política de direita que não serve os interesses do Algarve e dos algarvios.
Faro, 25 de julho de 2013
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Grupo Parlamentar
Comissão Parlamentar de Saúde discute Projeto de Resolução do PCP sobre o Centro Hospitalar do Algarve
Comunicado:
Por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP, a Comissão Parlamentar de Saúde irá discutir na próxima quarta-feira, dia 24 de julho, o Projeto de Resolução n.º 789/XII/2.ª “Contra a criação do Centro Hospitalar do Algarve e em defesa da melhoria dos cuidados de saúde na região algarvia”, apresentado pelo PCP no passado dia 3 de julho.
Os acontecimentos dos últimos dias vêm confirmar os receios do PCP relativamente aos reais objetivos da fusão, imposta pelo Governo, dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos no Centro Hospitalar do Algarve: o encerramento de valências e serviços hospitalares com base em critérios meramente economicistas, com vista à redução da despesa pública no setor da saúde imposta no âmbito do Memorando da Troica, assinado há mais de dois anos pelo PS, PSD e CDS.
A criação do Centro Hospitalar do Algarve mereceu a frontal oposição de vários órgãos autárquicos e de outras entidades da região, enquanto os profissionais de saúde e as suas organizações representativas foram marginalizados em todo o processo. Deste modo, a decisão de criar o Centro Hospitalar do Algarve ocorre à margem e em confronto com as populações e os profissionais de saúde.
O PCP rejeita liminarmente a redução de serviços e valências nos hospitais de Faro. Portimão e Lagos, de que resultaria um maior afastamento das unidades de saúde das populações e a degradação dos cuidados de saúde prestados.
O PCP reafirma que a criação do Centro Hospitalar do Algarve não serve o interesse dos algarvios e do Algarve, apenas beneficia as entidades privadas prestadoras de cuidados de saúde da região.
O PCP propõe o fim do processo de fusão do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio no Centro Hospitalar do Algarve. Em alternativa, deve ser desencadeado um processo, envolvendo a comunidade local, os utentes, os profissionais de saúde e as autarquias, de planeamento e organização dos serviços públicos de saúde – onde se inclua a construção do Hospital Central do Algarve e do novo Hospital de Lagos –, para garantir uma resposta de qualidade e eficaz do Serviço Nacional de Saúde aos utentes do Algarve.
Faro, 22 de julho de 2013