ACÇÃO DA CDU MARCA BEM A DIFERENÇA
Magnífico comício em Faro
25 Setembro 2015
Quase 800 pessoas participaram com alegria e entusiasmo no comício que fechou a jornada de campanha eleitoral da coligação PCP-PEV na sexta-feira, 25, no distrito de Faro, com Jerónimo de Sousa, Heloísa Apolónia e Paulo Sá.
Comprova-se que no Algarve a CDU está mais próxima de conseguir mais votos e mais deputados no dia 4 de Outubro, congratulou-se o Secretário-geral do PCP, na última intervenção da noite no Teatro das Figuras, num auditório com uma lotação de 780 lugares sentados e que ficou completamente cheio – numa mobilização que superou tudo o que já foi realizado por qualquer das forças políticas nesta campanha, como destacou o deputado e cabeça de lista, Paulo Sá, e que requer «ir muito longe na memória» para ter comparação com outras iniciativas do PCP ou da Coligação Democrática Unitária, como assinalou Jerónimo de Sousa.
A cultura que nos distingue
À entrada, os apoiantes da CDU, vindos de diversos concelhos, foram recebidos com a actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere.
O actor e encenador Luís Vicente, director artístico da ACTA – Companhia de Teatro do Algarve, foi o primeiro a apresentar-se em palco, para evocar o espectáculo «Um dia os réus serão vocês», realizado no quadro das comemorações do centenário do nascimento do dirigente comunista e no qual interpretou o papel de Álvaro Cunhal no julgamento que terminou em Maio de 1950. Luís Vicente destacou «infelizmente» a actualidade que mantêm as palavras de Álvaro Cunhal sobre as «condições para que a democracia seja viável em Portugal».
Com um reportório de canções de Zeca Afonso e todo o público a cantar versos bem conhecidos e sentidos, actuaram Luís Galrito e António Hilário.
Lígia Martins chamou ao palco os candidatos, a mandatária distrital (Rosa Palma, presidente da CM de Silves), dirigentes do PEV e do PCP (entre os quais Vasco Cardoso e Manuela Pinto ngelo, dos organismo executivos do Comité Central do PCP) e os oradores.
A evidente diferença entre a actividade que é realizada pelos deputados do PCP e do PEV, ao longo de todo o mandato, e que tem no Algarve um incontestado exemplo, foi salientada nas três intervenções, suscitando vibrantes aplausos no auditório.
Paulo Sá questionou «por onde andaram» os deputados e candidatos da coligação PSD/CDS e do PS, nestes últimos quatro anos, e enumerou um rol de problemas e lutas de trabalhadores, de instituições e da população. Agora, prometem até o oposto do que andaram a fazer e exibem um arsenal de mentira e manipulação, como estão a fazer com a eliminação das portagens na Via do Infante, mas sempre reprovaram as proposta do PCP nesse sentido.
A CDU apresenta-se «de cabeça bem erguida, porque «estivemos sempre no terreno», sublinhou o deputado eleito em 2011 e agora cabeça de lista, voltando a lembrar as mais de 300 reuniões e encontros em todos os concelhos, os 32 projectos de lei sobre questões regionais, entre outros factos que preencheram o mandato, e garantindo que «o voto na CDU não foi nem nunca será traído».
Heloísa Apolónia observou que «nunca nos escondemos, como eles,» e que «o nosso mandato todo é exercido em contacto com as pessoas», pois «esta é a nossa responsabilidade». A deputada e dirigente do PEV, que integra de novo a lista da CDU em Setúbal, alertou para «a ilusão e as mentiras» que agora retomam PSD e CDS. «Foi assim que chegaram ao poder em 2011». Quando falava da «devolução» da sobretaxa, suscitou mesmo uma reacção de um dos apoiantes, que gritou «é treta» no auditório, expressão logo apoiada por Heloísa Apolónia, que denunciou uma «dupla fraude»: «não vão devolver nada» e «o que devem é cem por cento da sobretaxa», pelo que deveria ser devolvida na íntegra.
Criticou as medidas do Governo na Ria Formosa, sublinhando que «a primeira prioridade» deveria ser a despoluição da área protegida. E notou que «nunca ouvi “este PS” desvincular-se dos PEC do “outro PS”».
Jerónimo de Sousa lembrou as iniciativas desse dia, em Lagos e Olhão, e saudou «os milhares de activistas que estão alargando o espaço da CDU» por todo o País, lembrando que «temos que contar com as nossas forças» para alcançar «mais votos para ter mais força e ter mais voz na Assembleia da República».
Deteve-se sobre as questões relacionadas com a política de Saúde, considerando que esta constituiu «um dos exemplos mais gritantes» de como o Executivo PSD/CDS «foi um Governo destrutivo». Dos resultados de tal rumo, destacou a notícia de que nunca se tinha gasto tanto dinheiro em seguros de saúde, recordou a transferência de verbas do Serviço Nacional de Saúde para privados e, por outro lado, apontou algumas consequências dramáticas. Sob aplausos constantes, enumerou as principais propostas do PCP e da CDU para esta importante área.
O candidato e dirigente comunista reafirmou que PSD e CDS «vão perder e muito» no dia 4, pois em 2011 «tiveram mais de 50 por cento dos votos e agora nem conseguem já dizer que querem maioria absoluta».