PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Direcção da Organização Regional do Algarve
Com a luta dos trabalhadores e do povo: demitir o governo,
derrotar a política de direita
1- A subscrição do Pacto de Agressão por parte do PS, PSD e CDS e a sua execução estão a empurrar o país e a região para o abismo económico e social.
Tinha razão o PCP quando a 5 de Abril de 2011, alertou para o rumo de desastre nacional a que conduziria a errada e ilegítima decisão de acorrentar o país ao chamado programa de ajustamento assinado com a União Europeia, o FMI e o BCE. Hoje batem-se todos os recordes no plano do desemprego, da recessão económica, da quebra no investimento público, da pobreza. E nem a dívida e o défice, em nome dos quais se acelerou a política de direita, escapam ou não se tivesse agravado essa dívida pública durante estes dois anos em mais de 48 mil milhões de euros.
Este é o resultado de uma política concebida para favorecer os interesses da banca e dos grupos económicos. Uma política que hoje conheceu um novo episódio com o anúncio de mais um pacote de medidas ditas de austeridade que mais não farão do que aumentar a exploração dos trabalhadores, destruir direitos e conquistas sociais, empurrar o país para mais empobrecimento, o declínio e a dependência.
2- A realidade da região algarvia aí está para confirmar o trágico percurso que os partidos da troika têm imposto ao povo português. Não há nenhum concelho, nem nenhum sector de actividade na região que não esteja a sofrer com esta política: a mais elevada taxa de desemprego nacional ( mais de 25%); uma quebra histórica no investimento público de que é exemplo a paragem das obras de requalificação da EN125; um número crescente de trabalhadores com salários em atraso que em alguns casos, como no Hotel Montechoro em Albufeira, ou nos hoteis do grupo Fernando Barata atingem os 6 meses; o desrespeito pela contratação colectiva, designadamente com o não pagamento do trabalho extraordinário como se verifica na empresa de catering no Aeroporto de Faro; despedimentos em massa como o que está em curso no Grupo Jerónimo Martins com a não renovação de contractos a cerca de 200 trabalhadores das lojas Pingo Doce; a degradação dos serviços públicos testemunhado na decisão de fusão das administrações hospitalares no Algarve com a respectiva redução de valências, ou no encerramento de estações de Correios como se verifica na Freguesia de Alte em Loulé; condicionamento do direito à mobilidade como se verifica com a tentativa até agora derrotada da redução do serviço Vai Vem em Portimão; a ruína de centenas de PME's que, mesmo durante a época alta do turismo no Verão, arriscam fechar as portas; estrangulamento da actividade de dezenas de colectividades desportivas e culturais; ataque à autonomia do poder local, agravamento de taxas e tarifas municipais ou a extinção de 17 Freguesias.