O conjunto das medidas anunciadas pelo Governo agravará a situação económica e social no Algarve.
Agrava desde logo a situação dos trabalhadores e das suas famílias, deixando intocáveis mais uma vez os chorudos lucros da banca, do capital financeiro.
Acentua a perda de competitividade da economia regional face a Espanha, com o aumento do IVA, com consequências graves para as micro e pequenas empresas e comércio tradicional. E acentua também os factores depressivos com a perda do poder de compra dos trabalhadores e da população.
Contribuirá para o aumento do desemprego, com os dramas que arrasta, ao mesmo tempo que retira apoios sociais. Por exemplo, 1milhão e 449 mil beneficiários do abono de família, de um universo de 1 milhão e 756 mil, serão afectados.
Adiará o andamento de obras públicas essenciais, como seja a do Hospital Distrital, e muito menos se perspectiva o lançamento de outras obras fundamentais ao desenvolvimento regional. O PIDDAC sofrerá um corte de 349 milhões de euros e as autarquias serão penalizadas no que resta do ano de 2010 e no ano de 2011 em 400 milhões de euros.
Contribuirá para acentuar a mancha já enorme da precariedade nas relações de trabalho - na região onde ela já é mais expressiva - penalizando os trabalhadores e favorecendo os grandes grupos económicos.
O Executivo da DORAL do PCP reafirma que não há saída para a situação do país sem dinamizar a produção nacional, sem apoiar as micro e pequenas empresas. As medidas tomadas pelo Governo agravando a vida dos trabalhadores e do povo, não resolverão o problema. Ao contrário, fará aumentar o desemprego, as falências e a recessão económica.
Para o PCP, perante tais medidas suportadas numa política de favorecimento do grande capital, torna-se cada vez mais inevitável a intensificação da luta a partir dos problemas concretos dos trabalhadores e das populações.
O Executivo da DORAL manifesta a sua solidariedade à Greve Geral convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 24 de Novembro e apela a todos os militantes comunistas para que no quadro da sua actividade e acção se empenhem no êxito da luta.
O Executivo da DORAL considera muito positiva a jornada regional descentralizada que hoje realizou, inserida num processo de luta prolongado, contra a introdução de portagens na A22 (na Via do Infante), bem como a adesão que continua a suscitar o abaixo-assinado do PCP contra as portagens. Simultaneamente, considera uma grave cedência a posição adoptada pela AMAL. Na verdade, a AMAL com a posição que adoptou, passou a admitir a introdução de portagens na A22 (Via do Infante), colocando como condição a conclusão das obras na EN125. Que credibilidade pode ter quem à 6ªfeira apela à criação de uma plataforma de luta contra as portagens e depois, à 2ªfeira, os seus autarcas cedem à introdução de portagens? Ou que credibilidade pode ter quem afirma manter a palavra contra a introdução de portagens, mas depois não só apela à não participação nas lutas, como os seus autarcas cedem à introdução de portagens? A posição adoptada pela AMAL deita por terra tudo o que ao longo de anos foi dito pelo PS e pelo PSD. Mais, tratasse de uma posição que contraria moções unanimemente aprovadas em Assembleias Municipais, o que revela o completo desnorte que invade o PS e o PSD.
Pela parte do PCP assumimos, hoje como ontem, com clareza, a nossa posição. Faremos o que estiver ao nosso alcance para que as portagens na A22 (Via do Infante) não sejam uma realidade e apelamos à continuação de acções de luta e protesto contra as portagens. Neste sentido, tornamos público que logo que seja publicado o dispositivo legal para a introdução de portagens na Via do Infante, o Grupo Parlamentar do PCP tomará a iniciativa de accionar os mecanismos visando o seu chumbo pela Assembleia da República.
No contexto da actual situação política, social e económico-financeira do país, ganha ainda mais razão de ser a candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República. A candidatura do compromisso com os trabalhadores e o povo, a candidatura do compromisso com a soberania nacional, a candidatura que tem na necessidade de revitalização da produção nacional o caminho certo e seguro para a saída da crise e o desenvolvimento nacional.
O Executivo da DORAL torna público que o mandatário distrital da candidatura de Francisco Lopes é o doutor Paulo Sá, professor da UAL, membro da DORAL do PCP, cabeça de lista da CDU às últimas eleições legislativas.
8 de Outubro de 2010 O Executivo da DORAL do PCP