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PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Direcção da Organização Regional do Algarve

 

PCP saúda a luta dos enfermeiros do Algarve pelas 35 horas

A Direção da Organização Regional de Faro do Partido Comunista Português, saúda a Greve dos Enfermeiros que está a decorrer entre os dias 9 e 12 de Agosto no distrito de Faro, nas unidades do Centro Hospitalar do Algarve pela reposição do horário semanal das 35 horas, bem como o conjunto de acções e iniciativas que têm sido desenvolvidas em Lagos, Portimão e Faro.

Depois da importante vitória que foi a reposição do horário de trabalho das 35 horas na administração pública no passado dia 1 de Julho, derrotando quer a decisão do Governo PSD/CDS de imposição das 40 horas, quer projectos e aspirações do grande capital de alargamento do horário de trabalho, a continuação da luta dos enfermeiros, designadamente pelas 35 horas semanais sem discriminações, confirmam que o momento actual é de luta pela defesa, reposição e conquista de direitos conforme demonstra a elevada adesão registada na greve que está em curso.

Num quadro de generalização da precariedade ao longo dos anos, facilitando a intensificação dos ritmos de trabalho e aumentado a exploração, a generalização do chamado contrato individual de trabalho sujeitos a um horário de 40 h constitui um verdadeiro escândalo no sector da saúde – atingindo centenas de enfermeiros nesta região – e está na origem de situações de clara desigualdade e discriminação, onde enfermeiros trabalham lado a lado com salários iguais e regimes de horários diferentes.

Exigindo a reposição do horário semanal de 35 horas, sem discriminações, a admissão de mais enfermeiros para fazer face às necessidades e exigências de um serviço público de qualidade, e o pagamento integral das «horas de qualidade» e do trabalho suplementar, os enfermeiros da região do Algarve (do CHA), estão, para lá da defesa dos seus direitos e condições de trabalho, a lutar também pela defesa e melhoria do Serviço Nacional de Saúde cuja política de direita tem vindo a destruir, conforme poderá ser confirmado pela actual situação existente no Algarve: falta de cerca de 1000 profissionais; falta de especialidades,; falta de materias, equipamentos e medicamentos; listas de espera intermináveis; cerca de 150 mil pessoas sem médico de família, etc.

A todos os enfermeiros, a DORAL do PCP reafirma a sua solidariedade e apoio à sua luta, reiterando o seu compromisso na defesa dos trabalhadores e do Serviço Nacional de Saúde e exorta ao prosseguimento da luta como factor decisivo na resolução das injustiças.

Faro, 10 Agosto de 2016

O Secretariado da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP