Com a extinção da freguesia, vários serviços públicos ficarão mais distantes das populações, os custos de deslocação para tratar de inúmeros assuntos aumentarão, as colectividades e associações perderão apoios, trabalhadores da junta perderão o seu posto de trabalho, haverá uma maior distância entre os eleitos da junta e a população de Cabanas de Tavira. No fundo, é uma política de abandono das populações e de empobrecimento da vida democrática, social, económica e cultural da Freguesia.
Para o PCP, e ao contrário do que dizem o Governo e os partidos – PS, PSD e CDS - que assumiram com a Troika este Pacto de Agressão que está a conduzir o país para o desastre, a extinção de freguesias não é para diminuir o défice ou a dívida pública – todas as freguesias do país não representam mais do que 0,1% do Orçamento de Estado – mas sim, destruir uma conquista histórica das populações e acabar com o poder local democrático alcançado com o 25 de Abril.
Se de facto quisessem resolver os problemas das contas do Estado, renegociavam a dívida, taxavam os milhões de euros de lucros da banca, impediam a fuga de capitais para o estrangeiro, dinamizavam a actividade económica.
É preciso dizer Basta! Nenhuma Freguesia pode ser extinta – ou agregada como cinicamente dizem – contra a vontade das populações. O PCP apelou ao protesto, à indignação e à luta da população de Cabanas de Tavira em defesa da sua Freguesia, em defesa das suas condições de vida.