Sobre a degradação do serviço postal em Conceição e Estoi

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A actual situação provocada pelo surto epidémico da COVID-19 e as consequentes medidas de prevenção e combate não podem justificar a degradação do serviço postal em Conceição e Estoi.

A privatização dos CTT, concretizada em 2014 pelo governo PSD/CDS, conduziu em todo o País, ao encerramento de estações de correios e à degradação do serviço postal. A administração dos CTT tem vindo a mostrar que só está interessada em obter lucros com os grandes negócios e com os grandes centros de distribuição postal, vendendo património, despedindo trabalhadores, encerrando postos, deixando populações sem este serviço público.

A opção nos últimos anos foi de acelerar os encerramentos de postos de correios e transferir, sempre que possível, o seu funcionamento para as autarquias, como aconteceu em Dezembro de 2018 com a União de Freguesias de Conceição e Estoi com o encerramento do posto de Estoi.

Na altura o PCP tomou posição afirmando que esta decisão não servia os interesses da população de Estoi e da freguesia, e que a decisão da maioria PS na Junta da União de Freguesias de Conceição e Estoi, de colocar a junta de freguesia a suportar os lucros dos CTT, não era a melhor opção e não garantia a melhor qualidade do serviço postal.

Desde então a vida tem vindo a dar razão ao PCP e a situação actual põe ainda mais em evidência o erro de então. As dificuldades por que passam as populações desta freguesia em aceder ao serviço postal aí estão a justificar a nossa preocupação em relação às opções tomadas. Actualmente, no que diz respeito ao serviço Postal prestado na Junta de Freguesia, só é assegurado parcialmente o pagamento de pensões em horário reduzido e em (poucos) dias fixos, todo o resto do serviço postal é agora prestado na loja dos CTT em Mar e Guerra. Por sua vez, com a concentração de serviços nesta loja, a par da redução do horário de funcionamento deste posto, verifica-se uma enorme sobrecarga de atendimentos e concentração de pessoas que pode facilmente ser confirmada.

Para o PCP, cabe aos Correio de Portugal - CTT resolver a actual situação enquanto empresa detentora da concessão do serviço público postal e universal. As medidas de prevenção e combate ao surto epidémico, não podem privar as populações de serviços básicos essenciais como é o serviço postal. Naturalmente, há que proteger os direitos e a saúde dos trabalhadores dos correios, mas há igualmente que defender os direitos das populações. O PCP exige medidas urgentes para que o serviço postal venha a ser reposto em condições de normalidade em todo o concelho de Faro.

Enquanto empresa privada o lucro será sempre o objectivo maior dos actuais accionistas dos CTT, pelo que, só com o regresso dos CTT à esfera pública é que será possível assegurar o direito ao serviço público postal e universal, voltando a abrir os postos encerrados, contratando mais trabalhadores, servindo as populações e o País.

A Comissão Concelhia de Faro do PCP

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