PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Grupo Parlamentar
Comunicado de Imprensa:
Abolição das portagens na Via do Infante
PCP apresenta projeto de resolução na Assembleia da República
O PCP apresentou na Assembleia da República, no passado dia 4 de maio, um projeto de resolução (em anexo) propondo a abolição de portagens na Via do Infante, o qual será discutido em sessão plenária do próximo dia 17 de maio.
Desde que o Governo PS decidiu, em março de 2010 e após negociações com o PSD, introduzir a cobrança de portagens na Via do Infante, que o PCP se manifestou contra esta medida e alertou para as repercussões extremamente negativas que ela teria para a região algarvia.
A realidade veio confirmar a justeza da posição do PCP. Após a introdução de portagens no passado mês de dezembro, por decisão do Governo PSD/CDS, uma parte considerável do tráfego na Via do Infante – mais de metade – transferiu-se para a EN 125, resultando em longas filas de trânsito e num aumento significativo da sinistralidade nesta estrada nacional. Esta medida governamental levou ao afastamento de muitos turistas espanhóis, com perdas avultadas para o turismo algarvio, principal atividade económica da região. A introdução de portagens de Portagens veio fragilizar, ainda mais, a economia regional, contribuindo para o encerramento e falência de micro e pequenas empresas e o aumento do desemprego. Agravou as dificuldades económicas dos utentes, já duramente afetados pelo aumento do custo de vida e por baixos níveis de rendimentos.
Face aos sérios problemas causados pela introdução de portagens na Via do Infante, de alguns setores da sociedade algarvia têm surgido propostas de alteração do modelo de cobrança, de abolição de portagens para os veículos de matrícula estrangeira ou de prolongamento das parcas isenções atualmente em vigor. Para o PCP, qualquer medida desta natureza não responde ao verdadeiro problema – a existência de portagens na Via do Infante –, apenas adia a sua resolução.
Estes últimos meses tornaram bem evidente que a introdução de portagens na Via do Infante foi um clamoroso erro, que urge corrigir!
Faro, 7 de maio de 2012