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Todos os indicadores económicos e sociais fundamentais apontam para o agravamento da situação do país e da situação dos trabalhadores e do povo. No Algarve, prossegue de forma galopante a subida do desemprego, com tudo o que arrasta de dramas sociais sem que, conforme propõe o PCP que nesse sentido apresentou um pacote de propostas, o governo adopte nenhum plano para responder à situação. Por outro lado, as falências e insolvências vão alastrando nos micro e pequenos empresários e comerciantes. O Executivo da DORAL do PCP considera que a exigência de Um Novo Rumo Para o Algarve ganha cada vez mais actualidade e urgência.
O modelo exclusivo, assente no turismo e actividades correlacionadas, imposto pelo PS, PSD e CDS-PP, está esgotado. É preciso, decididamente, apostar na revitalização da produção nacional e no apoio às actividades produtivas e atrair novo investimento produtivo.
O modelo de desenvolvimento imposto ao Algarve pela política de direita tem como razão fundamental, as altas taxas de lucro para os grandes grupos económicos. Lucros obtidos à custa da crescente precariedade nas relações laborais e de mais baixos salários. É por isso que, conforme o PCP tem denunciado, os 5% mais ricos do Algarve possuem uma riqueza igual aos 60% mais pobres. É por isso que o Algarve é a única região onde, segundo os últimos dados disponíveis, constantes nos Quadros de Pessoal das empresas entregues do Ministério Trabalho (Outubro de 2007), a percentagem de trabalhadores com vínculo precário é cerca dos 50%, para uma média nacional de 31%. Este facto tem como consequência que os custos para o patronato são cerca de 40% mais baixos do que os de um trabalhador efectivo. Compreende-se assim melhor a quem serve o modelo de desenvolvimento imposto ao Algarve, um modelo com altas taxas de exploração dos trabalhadores e, modelo este, sustentado pelas políticas de direita dos sucessivos governos.

O Executivo da DORAL do PCP considera que perante o agravamento da situação social se impõe a intensificação da luta por uma ruptura que abra caminhos novos que possibilitem a concretização de uma política de esquerda ao serviço do real interesse nacional, dos trabalhadores e do povo.

Neste contexto, o Executivo da DORAL decide lançar a partir de finais de Janeiro uma acção regional de esclarecimento, de contacto com os trabalhadores e as populações, que alargue a consciência para a real situação social da região, para a necessidade da mudança necessária e que é com o PCP que os trabalhadores e o povo podem contar.
O Executivo da DORAL do PCP procedeu ainda à análise e ao acerto de orientações ligadas com as indispensáveis medidas para o Reforço do Partido.
Nesse sentido, o Executivo da DORAL coloca às organizações e militantes comunistas a necessidade de intensificação do envolvimento e empenhamento que conduzam a uma maior ligação aos problemas concretos e à tomada de posição sobre os mesmos. O reforço do Partido está intimamente ligado ao aumento da capacidade reivindicativa dos trabalhadores e das populações. Um Partido mais forte e organizado constitui uma força mais capaz para a intervenção e acção políticas.

O reforço do PCP, tarefa de todos e cada um dos seus militantes, é condição para uma ruptura e mudança na política nacional que abra um caminho de progresso e desenvolvimento, na luta por uma sociedade livre da exploração do homem pelo homem.

8 de Janeiro de 2010 O Executivo da DORAL do PCP