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Intervenção de Catarina Marques, 1ª candidata CDU pelo Algarve
Comício CDU em Faro
Faro, 8 de Maio de 2025

Catarina Marques AR2025 Faro

Caros camaradas, estimados amigos

Começo por saudar todas as pessoas presentes, apoiantes e ativistas da CDU e, também, à população de Faro que daqui nos ouve e que nos dá confiança para termos mais força, mais votos e mais deputados da CDU.

No Algarve vivem perto de meio milhão de pessoas, na sua maioria trabalhadores, mas também reformados, estudantes, pequenos empresários, pescadores, investigadores, artistas... milhares de mulheres e homens que todos os dias fazem contas à vida para conseguir responder às crescentes dificuldades com que se deparam, seja no aumento do custo de vida, no acesso à habitação e saúde, nos transportes.

A campanha eleitoral da CDU tem andado na rua e o que mais temos ouvido são as dificuldades de quem trabalha ou vive da sua reforma em ter a vida digna que merecem. A comprovar isto, nos mercados, os comerciantes também se queixam que não vendem mais porque as pessoas não têm dinheiro.

Numa região onde a exploração é grande e se ganha pouco é urgente o aumento dos salários e das pensões, como a CDU defende, em 15%, no mínimo de 150 euros por trabalhador,

E para os reformados que ganharam mal uma vida, agora é justo e necessário um aumento extraordinário de todas as reformas e pensões, em 5% no mínimo ou 70€.

Nos centros comerciais, os trabalhadores falam-nos dos horários de trabalho desregulados e da insegurança dos vínculos laborais. O Algarve é a zona do país em que impera a precariedade em mais de 75% dos vínculos de trabalho, não só no comércio, mas também no turismo. É preciso regular os horários de trabalho e pôr fim à precariedade, um flagelo sobretudo para os jovens trabalhadores.

Quem vive e trabalha no Algarve necessita de um Serviço Nacional de Saúde de qualidade e acessível. Mas a realidade são meses à espera de uma consulta, serviços hospitalares encerrados, cirurgias realizadas longe de casa e um desespero enorme quando é preciso dar resposta a uma urgência.

O governo PSD/ CDS que já privatizou 5 hospitais públicos e 174 centros de saúde na área metropolitana de Lisboa, preparava-se para privatizar a ULS do Algarve, que corresponde a todos os hospitais e centros de saúde da região. E não é disto que os algarvios precisam!

O que os algarvios precisam é de mais investimento no SNS, de forma a recuperar os serviços e a sua missão, a fixar profissionais, a investir nos cuidados de saúde primários e que se construa, de uma vez por todas, o Hospital Central do ALgarve, mas recusando o modelo de PPP que querem impor na sua construção e gestão.

Camaradas e amigos, sobre outro dos flagelos da região – a Habitação, dizer que o Algarve é das zonas do país com a casas mais caras. Como é que podemos cumprir o direito constitucional à habitação, se as pessoas não conseguem ter uma casa?

Como é que podemos fixar trabalhadores se estes têm grandes dificuldades de arranjar sitio para ficar? A resposta está em mais oferta pública de habitação, combater a especulação imobiliária, dinamizar o movimento cooperativo, dar combate às taxas de juro, assim como travar o valor do aumento das rendas e parar com os despejos. Assim se combate este flagelo.

Moramos numa região vista como periférica, que o poder central despreza, em que o investimento públicos escasseia. Já se falou na falta do hospital central, mas e o investimento na requalificação da EN 125 e da EN 124? Ou a requalificação dos portos e desassoreamentos das barras? A construção do matadouro, a requalificação de escolas, de tribunais, postos da GNR e esquadras da PSP? Quando avança tudo isto?

A verdade é que os anos passam e o investimento tarda. As opções políticas de sucessivos governos de PS e PSD/CDS são de colocar toda a região como uma máquina de produzir lucros para os grupos económicos, sobretudo do Turismo. E isso não podemos aceitar.

Camaradas e amigos, estamos a poucas semanas do início do Verão, período em que a atividade económica cresce exponencialmente porque o Algarve está assente na monoatividade do turismo.

Nós nada temos contra o turismo. Mas a região não pode continuar a desprezar outras dimensões do nosso aparelho produtivo como a agricultura, a pecuária, a pesca e a indústria.

Há potencial na região e nós defendemos o seu desenvolvimento. É preciso aproveitar e apostar em todas as nossas capacidades produtivas. Precisamente o contrário, que por exemplo, está previsto acontecer agora na unidade corticeira Amorim em Silves, com a sua deslocalização e o fim da produção.

Caros camaradas, estimados amigos

As eleições de dia 18 são de uma grande e decisiva importância. São a grande oportunidade para que os democratas e patriotas, para que todos os que aspiram a uma vida melhor, expressem a vontade de pôr o Algarve avançar, dando mais força à CDU. Só a CDU tem um compromisso eleitoral comprometido verdadeiramente com os interesses do Algarve e dos algarvios.

Por isso apresentamos esta semana 30 medidas prioritárias para a região que, a serem implementadas, seriam uma verdadeira e decisiva mudança de rumo, no sentido da política alternativa que faz falta.

Camaradas,

Falo-vos enquanto primeira candidata da CDU nas próximas eleições para a Assembleia da República. Uma grande responsabilidade que assumo, com a determinação e a consciência de que é preciso recuperar o deputado eleito pelo Algarve.

Precisamos de mais deputados da CDU. Mais deputados para defender o que é preciso. E sim, está nas mãos dos trabalhadores e do Povo do Algarve, assumirem com coragem esse voto de rutura e alternativa, que a CDU protagoniza.

E avida mostra que quando se luta e não se desiste, pode demorar tempo, pode até demorar algum tempo também se alcança vitórias. Foi assim com a reposição das freguesias que os governos e os partidos da troica tinham roubado ao Povo.

E por isso saudamos aqui as populações de Conceição e Estoi, de Bensafrim e Barão de São João, de Querença, Tôr e Benafim, de Moncarapacho e Fuseta, de Alcantarilha e Pêra, de Algoz e Tunes, de Conceição e Cabanas de Tavira, de Luz de Tavira e Santo Estevão. Nesta luta, estas populações souberam contar com a CDU, e da nossa parte continuaremos a acompanhar este processo até que ele se torne uma realidade.

Luta camaradas. Como a luta que desenvolvemos, também com as populações, contra as portagens na Via do Infante. Uma luta persistente e coerente para acabar com essa injustiça, com esse roubo que foi feito às populações e às empresas da região que deu resultado e daqui se valoriza.

A nossa vida importa e o nosso voto conta.

Um voto de coragem e de liberdade porque o Algarve dispensa bem a política de PS e PSD ou o bafo fascizante de quem anda ao engano e à mentira. O Algarve é uma terra ao Sul, uma terra de Abril, uma terra onde os valores da Liberdade e da democracia estarão sempre presentes. Uma terra onde a esperança e a confiança num futuro melhor, encontram lugar na CDU.

Vamos à luta, vamos conquistar o apoio e o voto dos algarvios, com coragem, com determinação e com uma enorme confiança no nosso povo.

Viva a CDU!