Sr.ª Presidente, Srs. Deputados,
As minhas primeiras palavras são, naturalmente, para dirigir uma saudação aos 13.000 subscritores da petição que se encontra hoje em discussão e para lhes dizer que podem contar com o PCP na sua justa luta pela abolição das portagens na Via do Infante.
A introdução de portagens, há dois anos, teve consequências desastrosas para a região algarvia. Abalou a economia regional; criou sérias dificuldades às micro e pequenas empresas que já lutavam para sobreviver; agravou o flagelo do desemprego; contribuiu para a degradação da imagem do Algarve como destino turístico; forçou milhares de utentes da Via do Infante a regressarem ao calvário diário da EN 125.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados,
As portagens na Via do Infante não caíram do céu. Resultam da opção política do PS, PSD e CDS de penalizar a economia regional e os utentes para continuarem a proteger os interesses dos grupos económicos que exploram a concessão. Estes três partidos, podendo optar pela renegociação do contrato de concessão, cortando nos lucros fabulosos da concessionária, preferiram colocar o fardo sobre os ombros dos cidadãos e das micro e pequenas empresas, já tão sacrificados pela política de austeridade imposta no âmbito do Memorando da Troica.
Apresentamos, pela sexta vez, uma proposta de abolição das portagens na Via do Infante. Os partidos da troica interna podem rejeitá-la, como fizeram nas cinco vezes anteriores, mas estamos certos que, mais cedo do que tarde, a luta das populações irá impor a abolição das portagens na Via do Infante e a devolução ao povo daquilo que ao povo pertence.
Disse!
